segunda-feira, 2 de junho de 2014

Não vou me adaptar

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
É que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou me adaptar!
Me adaptar!
Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou me adaptar!
Não vou!
Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
Mas é que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou!
Não vou me adaptar!
Eu não vou me adaptar!
Não vou! Me adaptar!

Ao que podemos associar essa música?
Por: Gabriela Florêncio, Pâmela Piccinini, Roberta Rodrigues

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Visão Sobre Grupos

O vídeo a seguir mostra uma pequena percepção sobre como a visão de grupo está perto de nós, de como podemos nos referenciar a este tema a partir de pessoas que estão em nosso convívio, universitários da Unifavip/DeVry.

Conceituando o que a psicologia social tem estudado sobre definições de grupos, ressaltamos que suas influencias e conflitos são mais presentes do que podemos realmente perceber. A visão interna de quem pertence a um grupo e a do que pertença a outro transforma a relação que as pessoas tem, é a relação de pertença grupal, principal influenciadora na manipulação de indivíduos.

Sempre tentando engrandecer o grupo de que o indivíduo faça parte, uma das formas mais usadas é denegrir ou desmerecer o outro grupo ou os que estejam nele, e o conformismo aparece nesta hora em que simplesmente nos deixamos ser afetados por esse sentimento e agimos de forma contrária a nossos princípios de respeito ao outro, fazendo barbáries ou ignorando o discernimento, ou ainda pela possível invisibilidade que o grupo possa oferecer a identificação do sujeito.

Mas é partir do grupo que se constitui nossa identidade social, pela pertença a determinados grupos que podem ter mais afetação sobre o sujeito do que outros, caracterizando-o, enquadrando de acordo com a influência que possa ser exercida sob aspecto de identificação, transformando o indivíduo em alguém que tem função, nome e qualidade.

Assistam e debatam sobre essas opiniões, o discurso sobre esse tema deve ser trabalhado para além da sala de aula, faz parte de nossa vivencia e modifica a forma como a sociedade se relaciona.




Direção do Vídeo: Jadson Wagner
Co-direção: Danielle Soares
Texto: Paloma Cintra

Menos que nada

          Menos que nada conta a história de Dante, um esquizofrênico, o qual chama a atenção de uma residente em psiquiatria, Paula. A estória começa quando Dante ainda era criança, brincando com uma amiguinha, onde é reprimido pela mãe colocando-lhe que aquele comportamento era inadequado, por estar com a menina. Logo, percebe-se o comportamento de sua mãe em querer reprimir algo que é natural da criança, como brincar com os colegas. Então, Dante sabendo que não pode mais encontrar a colega vai ao seu encontro para despedir-se e lhe dá um beijo, e a mesma lhe dá um boné para que ele guarde de lembrança. Logo em seguida, passam-se anos e surge a cena retratando o dia a dia de um hospital psiquiátrico, nossos olhos logo sofrem impacto diante das cenas que se seguem a partir dai, mostrando-nos o descaso nos hospitais, as condições desumanas que aqueles internos ali se encontram. Esse filme nos surpreende a cada cena, e nos toma atenção à situação da saúde mental brasileira. O descaso  é nítido, quando como por exemplo vemos que muitos ali estão abandonados, e muitos nem os prontuários estão atualizados. Dante é considerado incurável e assim como muitos que lá estão, sobrevive com medicações que nem sequer foram revisadas, continua há anos com a mesma. Paula, começa então uma pesquisa para poder entender toda a história daquele paciente, inicia-se então busca por conhecidos, familiares, relatórios médicos; etc. Muitas das cenas oscilam entre a verdade –real- e o imaginário, porém, entra a questão “a verdade do paciente é aquela que ele percebe, sente e vive”.  Essa oscilação também nos permite imaginar, viajar nessa estória  ficando confusos com seus delírios e alucinações (confesso que fiquei assim) Um exemplo disso é quando Dante está tendo alucinação, quando usa a cadeira como se tivesse tendo uma relação sexual, logo em seguida uma luta e depois a morte – percepção do objeto inexistente como real -. Entramos em uma confusão, adentramos ao emaranhado mundo de Dante. O que me chamou bastante atenção nesse filme também, é a colocação da Paula, a relação médica/paciente, pois, ela permite o olhar por trás daquele diagnóstico de esquizofrênico, o que faz com que haja uma evolução do Dante diante dessa relação.  O filme é simplesmente encantador!  Ele nos permite adentrar ao mundo de Dante, compreender a necessidade da relação para constituição do ser, as condições desumanas dos hospitais psiquiátricos, a relação médico/paciente. É de uma sensibilidade sublime. 


Abaixo segue o link do filme completo àqueles que desejarem apreciar essa obra maravilhosa.




(Música : Uma tarde de outono de 73)





Eu não me lembro bem mas foi numa tarde de outono de 73
Eu estava sentado num pátio e me agarrava ao sol com
todos as minhas forcas
Enquanto alguém com olhos sem vida me dizia
No hospital você tem todo tempo do mundo 
E os latrilhos que brilhavam o sol, lá fora eu lhe
asseguro não eram tão brilhantes lá dentro
E as pessoas que minha mãe achou tão gentis
Eu lhe asseguro não eram tão gentis lá dentro
E quando alguém com olhos sem vida me dizia
No hospital você tem todo tempo do mundo 
Eles só disseram pra mim que eu não podia tocar nas
mulheres
Mas eu me esqueci e beijei uma garota pela 1ª vez
Mas eu me esqueci e descubri pela 1ª vez que o mundo
não tolera os desobidientes
Enquanto eu secava as feridas do meu lábio
Alguém com os olhos sem vida me dizia
No hospital... 
Eu tentava descobrir o que eu havia feito de errado 
para eles me colocarem la dentro
Mas parece que não era eu que determinava o que estava
certo no mundo
Eu não me lembro bem mas foi depois de uma tarde de
outubro de 73
Era quase noite e eu dançava com uma garota na salão
Os enfermeiros riam e nos observavam
De braços cruzados
O radio tocava uma canção
O radio...
Devia ser o que eles chamava de festinha das 5
O radio tocava uma canção
E a garota chorava, e a garota chorava
No hospital você tem todo tempo do mundo



Por: Danielle Soares

Vicente Willen Van Gogh: amor, solidão, arte, loucura e morte


( SelfPortrait / auto retrato )


         Van Gogh tornou-se um ídolo para mim desde o momento que tive acesso as suas obras através de livros, ao conhecer sua história de vida tornei-me ainda mais interessada. Ele foi um grande artista, tinha uma personalidade forte e bastante instável, teve fundamental importância na história da arte com toda a sua singularidade.  Dizem que Van Gogh sofria de transtorno bipolar e em sua homenagem 30 de março (dia de seu aniversario) foi eleito o dia mundial do transtorno bipolar. Podemos a partir disso, ver o quanto o sujeito que vive em sofrimento mental é importante e principalmente o quanto podem contribuir de uma forma esplendida com a sociedade através de seu trabalho, assim como qualquer outro individuo.

       Entre os pós-impressionistas, ele foi o mais resistente, seu modo de pintar, usando cores, não se importando em retratar a realidade, colocando suas emoções e seu modo de ver as coisas na sua arte, influenciou e ainda influencia muitos artistas do século XX. Van Gogh foi um homem brilhante e para mim é um belo exemplo que deve sempre ser usado ao falar de saúde mental. O pintor nos mostra que a dor pode encontrar um caminho bonito, que quando as palavras faltam a arte pode sempre estar presente e principalmente que não podemos deixar que um diagnóstico ou o preconceito da sociedade nos roube a nossa vontade de mostrar ao mundo quem somos e para o que viemos.

‘’O que sou eu aos olhos da maioria das pessoas? Uma não entidade, ou um homem excêntrico e desagradável – alguém que não tem e nunca terá posição na vida, em suma, o menor dos menores. Muito bem, mesmo que isso fosse verdade, devo querer que o meu trabalho mostre o que vai no coração de um homem excêntrico e desse joão-ninguém.” (Fragmento de uma carta de Van Gogh ao seu irmão Theo)  

          Nesse trecho podemos identificar o quanto ele se sentia excluso da sociedade e tinha vontade de mostrar-se diante desta, mostrar o que as pessoas tidas como ‘joão-ninguém’ também tem algo a oferecer. Registros mostram que Van Gogh apenas conseguiu vender um quadro enquanto com vida, mas hoje os seus quadros estão valendo milhões, armazenados em cofres e acervos por todo o mundo.

      "Ame muitas coisas, porque em amar está a verdadeira força. Quem ama muito conquistará muito, e o que for feito com amor estará bem feito’’

      ‘’O amor é eterno - A sua manifestação pode modificar-se, mas nunca a sua essência... Através do amor vemos as coisas com mais tranquilidade, e somente com essa tranquilidade um trabalho pode ser bem sucedido.’’

      As duas frases acima são de autoria do próprio Van Gogh e nas duas ele define seu sentimento em relação ao trabalho, deixando claro que no desempenho de qualquer atividade tem de haver amor e somente com esse amor um trabalho será bem feito, o amor está presente em todas as suas obras e isso o fez tornar-se conhecido. Com isso deixo mais uma reflexão para nós leitores pensarmos a respeito de nossa afetividade ligada ao trabalho.




                                              Um pouco de sua história...

       Filho de um pastor protestante, também neto de um comerciante de arte, ele envolveu-se com o mundo do comércio de artes aos 16 anos, só que após uma demissão ele abandonou o mercado de artes e tentou seguir a profissão de seu pai, começou estudar teologia, mas não foi muito longe, por logo ver que não se identificava com tal profissão. Aos 27 anos começou dedicar sua vida a pintura e logo após conheceu a prostituta Sien, por quem se apaixonou e foi viver na pobreza, o que gerou um relacionamento conflituoso com os seus pais, dizem que este foi um dos principais motivos que contribuíram com o seu rompimento com a realidade; após sua separação de Sien, ele mudou-se de cidade e começou pintar o que seriam suas pinturas mais importantes. Van Gogh tinha uma relação de muita proximidade com o seu irmão, com quem muito se correspondeu através de carta, o que foi fundamental para que pudéssemos hoje saber um pouco de sua história, com 33 anos ele mudou-se para a casa deste irmão e por lá se matriculou numa escola de pintura, onde teve inúmeras experiências durante o período de um ano, mas logo se mudou de novo, desta vez para o sul da França e por lá planejou montar um atelier com os amigos Bernard e Gaugin; mas no mesmo ano a convivência na Casa Amarela acabou após uma briga entre ele e Gaugin, o que deixou Van Gogh muito atordoado e o fez cortar o lóbulo da própria orelha para entregar de presente a uma prostituta amiga de ambos. Um mês depois desse fato ele foi internado em um hospital e passou a ter crises nervosas e em poucos meses foi levado para um sanatório e neste continuou a pintar incessantemente, mas também sofreu bastante pelos períodos que não pôde pintar em razão dos surtos. Ao deixar o sanatório foi morar perto da casa de seu irmão – um mês antes de sua morte – passou a pintar um quadro por dia e em um desses dias pinta ‘Campo de trigos com Corvos’ onde retrata toda a sua solidão e profunda tristeza. Em maio de 1890, mudou-se novamente e, no dia 27 de julho do mesmo ano, deu-se um tiro contra o próprio peito, em plenos 37 anos. Dois dias depois, morreu nos braços de seu irmão, que poucas semanas depois também morreu.


        Fica a pergunta: como um homem com tanto para oferecer ao mundo pôde desistir de sua própria existência? Essa história faz parte de um tempo muito distante de nós, mas ela continua a repetir-se em nosso presente, a profunda tristeza pela qual Van Gogh passou ainda está presente naqueles que tem roubada a sua história por estar em sofrimento, nos que estão presos sem o direito de exercer sua função junto à sociedade, naqueles que não encontram ajuda, nos que sofrem preconceitos de todos os tipos vindos dos que os cercam e escondem suas mentes brilhantes por terem sido considerados incapazes por quem não os entendem; e é por isso que a conscientização é extremamente importante.

         Quanto a Van Gogh, eu aqui deixo um pouco de sua incrível trajetória, a qual na minha opinião muitos deveriam interessar-se em conhece-la e dar-lhe outros sentidos e para quem ainda ficou curioso deixo aqui uma sugestão de leitura o livro ‘’grandes mestres: Van Gogh – Abril coleções’’ e também uma outra sugestão, o filme intitulado ''Van Gogh, vida e obra de um gênio.''



Link do Filme: Van Gogh - Vida e Obra de Um Gênio

 https://www.youtube.com/watch?v=35mkBpAwnAw




Por: Laísse Arruda

Um adolescente em crise

Google Imagens
Não há dúvidas de que a adolescência é um período de crises, repleto de descobertas, transformações (físicas e psíquicas), onde é destacada, em vários discursos do senso comum, como uma fase difícil, muitas vezes nomeada de “aborrecencia”
Nesse momento de transição, que é a adolescência, o adolescente, assim como seus pais, precisa elaborar alguns lutos, onde os pais deixam de exercer todas as escolhas no lugar de seus filhos, e esse, por sua vez, deixa esse lugar infantil, e passa a fazer suas próprias escolhas.
Mas, sabe-se, que muitos pais não dão espaço para que o adolescente faça suas próprias escolhas, e com isso, esse passa a precisar transgredir, transgressão essa, que pode acontecer de uma forma saudável, mas muitas vezes, pode acontecer em uma ordem delinquência. 
"Os adolescentes, então, transgridem e os adultos reprimem. Por um lado, se os adultos reprimem preventivamente, impondo regras ao comportamento adolescente, eles afirmam a não maturidade dos adolescentes. Em resposta, os adolescentes serão levados a procurar maneiras violentas de impor seu reconhecimento." (Contardo Calligaris)

                                                    Adolescência período de transformações

Por: Raí Ramos, Rayana Borba e Maria Brunna



Não sei como agradecer

                       Não sei como agradecer
Por isso te digo assim
Gosto tanto de você
Nos qualificou até o fim
Com todo esse seu vigor
Nos encantou sempre e enfim...
Com seu jeito encantador
E estilo que é sem fim
E eu não sei como te falo, mas te digo
Eu qualifico teu trabalho
Por crescer contigo
Então queremos de te dizer
Estamos encantados, loucos 
                                                          Encantados por você

Por: Raí Ramos e Rayana Borba



O corpo e os esteriótipos

  


     Hoje em dia a exigência da sociedade em relação aos "padrões de beleza e moda" está se tornando cada vez mais desprezível. A todo momento estamos sendo bombardeados pela influência midiática, em qualquer lugar que estejamos, ela tenta, de maneira absurda, impor um modelo padrão sobre nossos corpos, através de imagens e divulgações com pessoas de porte físico magro e musculoso, estereotipam o "modelo de beleza". Ditam-nos o que devemos vestir, comer, e como se portar, o que é "adequado" -está dentro do padrão- ou que não é. Infelizmente, esse é um mal que hora ou outra atinge a todos nós, e devemos estar atentos. Pois, nesse dilema de ser algo que gostaríamos  -que somos- e algo que esperam que sejamos acarreta um conflito para o sujeito. E não haverá como este simplesmente ignorar, visto que a sociedade sempre está a exigir dele. Seja quando vai à procura de um emprego (onde os "bem mais vistos" têm mais oportunidades), ou quando surge aquela nova moda em que se você não "estiver por dentro" talvez seja rotulado como cafona, antigo,etc - que não está no padrão de moda-. 


       Pessoas que não se enquadram nesse “padrão” estão sujeitas a serem discriminadas, em diversas situações. E isso vai causando uma mudança drástica na autoestima daquelas que levam isso a sério, de maneira que elas se sentem demasiadamente angustiadas, com grande possibilidade de entrarem em depressão, crise existencial, entre outros. Quando não ficam amarguradas, decidem seguir esse modelo exibido, perdendo assim a sua essência, sendo manipulados e se alimentando de alienações. É através do nosso corpo que nos representamos, é por meio dele que mostramos o que sentimos, do que gostamos e como queremos que as pessoas nos vejam. Como já ouvi em sala de aula “O corpo é a morada das paixões”. Então se torna lamentável e abusivo ver as pessoas deixando de lado as suas identidades, para seguirem algo que muitas vezes não lhe condiz, apenas porque está “na moda” e no padrão da sociedade.


   A seguir iremos observar uma pequena sessão fotográfica, com as modelos: Alana Lôbo, Danielle Soares e Sthephanny Ohanna, ambas estudantes  da Unifavip Devry. A intenção das imagens é mostrar quão diferentes podemos ser, de maneira que possamos nos expressar e nos sentir bem conosco.


(Sthephanny Ohanna)





(Alana Lôbo)





(Danielle Soares)









Ouse ser você mesmo, ame-se em primeiro lugar, liberte-se dos paradigmas, seja livre para ser o que realmente é!


"Seja VOCÊ, mesmo que seja.. estranho. Seja você, mesmo que seja bizarro.."





Por: Danielle Soares e Alana Lôbo

Visões...

Ao longo dos cinco anos de curso pelos quais passaremos muitas visões serão modificadas, muitas coisas desconstruídas e novos pensamentos passarão compor nossa visão de mundo. Para alguns de nós o tratamento em hospitais psiquiátricos é algo saudável, para outros que já passaram por algumas experiências, existe a percepção clara de que esta forma de tratamento tão combatida pela Luta Antimanicomial não é a mais adequada para a pessoa em sofrimento mental.
Alguns conceitos como adolescência e grupos, muitas vezes se aproximam daquilo que estudamos e mesmo que no início da jornada acadêmica, o senso comum esteja bastante presente em nossas respostas ele é de grande contribuição para que questionamentos possam ser levantados e a ciência buscada.
Diante disso, teremos sempre a necessidade de agregar a teoria e a prática para nos aprimorar enquanto futuros profissionais de psicologia. Pudemos observar que aqueles que estão chegando terão grandes chances de sucesso, pois são alunos que se dispõe a novas experiências e contribuir com o outro e partilhar aquilo que traz de suas vivências e experiências.

Obrigada colegas de curso, que possamos sempre caminhar juntos...


Idealização: Tamires Silva
Direção do vídeo: Jadson Wagner
Co-Direção: Danielle Soares
Legendas: Jadson Wagner
Texto: Tamires Silva e Rayana Borba

Quem foi que disse...


Quem foi que disse
Matemática mais não?
A matemática vai até o fim
Peraê
Contemos assim...
Com Aline não tem choro não
Estatística você vai conhecer
Esse fato é mensurável sim
Podes crer
Aline é assim
Sempre com grande contribuição
Para a nossa formação
Somos tanta coisa na nossa formação
       Não há como contar, só resta dividir, 
                                                                            Nossa gratidão
                                                                             Pois você nos fez evoluir.

Por: Raí Ramos e Rayana Borba 

UMA DOSE DE SAÚDE MENTAL

Foram através das aulas de saúde mental que cruzamos os muros da faculdade para visitar instituições que dão assistência ao portador de sofrimento mental (CAPS, NASF, PSF, RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS, HOSPITAL PSIQUIÁTRICO E GERAL), atividades essas importantes que só vem a somar no nosso leque de conhecimentos.
Através da professora Halline obtivemos o conhecimento de uma área que pouco sabíamos, mas que ao decorrer das aulas fomos construindo conceitos, sempre atribuindo importância aos nossos conhecimentos prévios. A cada aula ficava mais perceptível o quanto é necessário se fazer um bom trabalho na rede de SM, e que isso depende tão somente de cada um.
Não só aprendi em Saúde Mental a matéria e sim o sujeito e não a doença em si.Onde me deixa tão curiosa e ao mesmo tempo tão revoltada como as pessoas são tão fechadas pra quem tem sofrimento mental tendo como algo de outro mundo passando a ser excluído da sociedade.






Foram tantas aulas, oficinas, discussões textuais, visitas. Em cada foto ficará registrado o ótimo trabalho realizado por ela no decorrer do período, e melhor do que em fotos, ficou registrado em nós da 1302 o profissionalismo de nossa mestre Halline Henriques.



Perguntas do assunto 
Redação do filme Bicho de Sete Cabeça

Oficina de argila
A teia

Visita ao Hospital Psiquiátrico Dr.Maia.


Por: Allyson Henrinque e Roberyka Tallyta


CONFORMISMO

E “C” as pessoas não fossem conformadas com tão pouco?



Quem nunca ouviu o velho “se” no discurso de inúmeras pessoas? É frequente vermos sujeitos numa posição conformista em relação a vários aspectos de sua vida, seja financeira, social, amorosa, profissional. Mas o que leva as pessoas a se conformarem afinal?
Segundo o site Conformity: Ten Timeless Influencers:

Para muitas pessoas vale tudo pra ser aceito no grupo social em que vive, inclusive negar vontades, desejos, se conformar com tão pouco, apenas pra não serem rejeitadas. Além de terem se tornado um bando de “Maria vai com as outras”, as pessoas aceitam passivamente a posição que ocupam na sociedade, daí já se tem uma mistura de coitadismo, pois quantos e quantos sujeitos poderiam viver em melhores condições se tivessem em mente que podem conquistar mais?! O problema é que as pessoas se conformaram que são pobres e não conseguem melhorar as condições financeiras, que estudam em escola pública e não tem uma educação de qualidade para ingressar em uma universidade, que não tem capacitação para ter um emprego melhor, etc.

   Uma série de fatores influencia no conformismo das pessoas:

-Tamanho do grupo;

-Status;

-Reação pública;

- Ausência de comprometimento;

Dentre esses citados acima, o que mais é responsável pelo conformismo é o tamanho do grupo. As pessoas sentem a necessidade de serem aceitas para poderem se sentir bem no meio social. Em meio ao grupo não conseguem pensar ou agir diferente dos demais temendo a rejeição, a partir daí só o que resta é baixar a cabeça e concordar com a maioria.

Se pararmos pra observar veremos o quanto às pessoas estão conformadas com a vida, com o trabalho, com os amigos, enfim, com a sociedade que consequentemente é formada por grupos. E você caro leitor, é mais um conformista no meio social em que vive?

 Por: Allyson Henrique


... Há tanta vida lá fora...

 

O suicídio é por definição o ato voluntário de tirar a própria vida. A Organização Mundial da Saúde (1993) apresenta dados em que o suicídio ocupa o terceiro lugar entre as principais causas de morte no mundo. Para a Psicanálise, o suicídio está relacionado ao desejo do individuo, à angústia e a fatores psíquicos associados. Freud, em sua obra Luto e Melancolia (1990), afirmou que um indivíduo só seria capaz de atentar contra a própria vida, caso renunciasse à auto preservação.

 Para algumas pessoas, em determinados momentos da vida, pensar na morte como a única saída para uma situação de sofrimento intolerável, talvez pareça a única solução possível. O suicídio raramente é uma decisão repentina, apesar de amigos e familiares conceberem esse acontecimento como algo completamente inesperado, surpreendente ou até chocante. O suicídio é o tipo de morte que interrompe o desenvolvimento humano; foge à regra natural e desencadeia incompreensão e impotência entre os que permanecem vivos.
Por: Raí Ramos e Allana Lôbo.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Estamira

“A minha missão é revelar, seja lá quem for, doa a quem doer.”

O filme Estamira conta a história de uma mulher lúcida e consciente, diagnosticada como psicótica, porém ciente e consciente, como ela mesma afirma, de seus problemas e limitações. Afinal, Estamira busca ajuda, apoio psicológico por sua própria conta, em serviços públicos de saúde. Mas se, contudo, não segue à risca o que lhe manda a Doutora, se por sua conta também decide que é melhor parar com “dopantes”, o faz porque talvez já consiga enxergar as limitações de uma prática, de uma técnica-médica que nada pode fazer por ela; e ela afirma: um remédio apenas (o mesmo) é receitado para todos, e como poderia um mesmo remédio para tantos sofrimentos distintos, tratar e curar verdadeiramente? Não, não Estamira! Estamira dá o grito que há muito tem sido calado, dopado, amarrado, exilado, é um grito de dor, de raiva, de nojo, também um grito de dó: “Eu sou Estamira!”. Não Estamira a louca, mas Estamira “carne sanguínea”, mãe, filha, avó, mulher, ser humano que necessita falar e quer ser ouvida.

Desse modo, o que ela precisa não são remédios que dopem, mas sim de uma real assistência, de um acompanhamento, como os que são prestados pelos serviços de atenção psicossocial, através de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), juntamente com a assistência e apoio oferecidos aos seus familiares pelo Estratégia Saúde da Família (ESF), antigo PSF, por exemplo.
O verdadeiro tratamento é aquele que não se limita apenas ao campo psicológico da pessoa a ser tratada, é aquele que transcende a linha comum paciente-médico, louco-hospício.

Por: Mariana Dutra
Para mais informações acerca dos serviços mencionados visite os sites:

Portal da Saúde:


Fonte: Idem
Filmografia: Estamira (2005), Marcos Prado

Os dilemas de ser e estar no mundo

Google Imagens

“Um tipo diferente de mudança estrutural está transformando as sociedades modernas no final do século XX. Isso está fragmentando as paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, que, no passado, nos tinham fornecido sólidas localizações como indivíduos sociais. Estas transformações estão também mudando nossas identidades pessoais, abalando a ideia que temos de nós próprios como sujeitos integrados. Esta perda de um “sentido de si” estável é chamada, algumas vezes, de deslocamento ou descentração do sujeito. Esse duplo deslocamento - descentração dos indivíduos tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmos – constitui uma “crise de identidade” para o indivíduo.” (HALL, 1992)

Nas palavras de nosso caro professor, Taciano Valério: “Nós precisamos de uma referência para justificar nossa existência”. Mas a questão está no fato de que, referências a seguir não nos falta, a toda hora, em qualquer lugar que se procure, pode-se encontrar uma referência, seja sobre raça, sexualidade, religião, gênero, etc. E entre tantas opções como “escolher” a certa, se é que essa existe? Qual delas eleger para me guiar e representar? Ainda que eu “escolhesse” ou elegesse um ponto apenas representativo de mim, em que me basear para a tomada de uma atitude em relação a alguma questão, não poderia considerar este ponto apenas como constituinte do meu eu por completo. Pois eu, não sou apenas uma, não me encaixo em uma categoria, não caibo, não me encerro em ser isso ou aquilo, portanto uma identidade apenas não me define, não me comporta. Em meio ao mar turbulento de identidades em que nos encontramos hoje, sentimo-nos perdidos, pois não somos mais os seres centrados e unificados que julgávamos ser no passado, mais especificamente por volta do século XVII e XVIII na época do Iluminismo (HALL, 1992), em nosso mundo contemporâneo não há mais espaço para os valores arcaicos que, se de alguma forma nos oprimiam e constrangiam a segui-los sem questionar, ao menos nos ofereciam a tranquilidade e a segurança interior de papéis e funções sociais pré-estabelecidos. Não quero dizer com isso que devemos nos lançar em uma tentativa absurda de voltar a viver como vivíamos no passado, isso seria, em minha opinião, fazer um caminho inverso ao do progresso. Contudo, há algo que não pode ser ignorado, o nosso mundo democrático, civilizado, globalizado, não nos tornou menos escravizados, alienados, excluídos, injustiçados, tristes, violentos ou solitários do que já fomos antes. O ser humano não é hoje mais feliz do que era no passado, tampouco mais “bem-resolvido”. Destruímos os valores, os padrões, as normas que nos aprisionavam, entretanto parece que ainda não encontramos nada melhor para substituí-los. Pagamos um preço muito alto em nome da “liberdade”.

 Por: Mariana Dutra


Fonte: A identidade cultural na pós-modernidade (HALL, 1992).