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Basaglia, em 1971, fecha os
manicômios, acabando com a violência dos tratamentos. Ele demonstra que é
possível a constituição de uma nova forma de organização da atenção que ofereça
e produza cuidados, ao mesmo tempo em que produza sociabilidade e subjetividade
para aqueles que necessitam da assistência psiquiátrica.
Hoje
é o dia da luta antimanicomial, que vem sendo travada há muitos anos e muita
coisa já conquistou, como por exemplo, o fechamento de diversos manicômios e a
ampliação da rede de assistência psicossocial, porém as dificuldades
enfrentadas ainda são muitas, umas das principais é a chegada desses serviços
nos interiores, tendo em vista que um CAPS só pode ser aberto em uma cidade com
no mínimo vinte mil habitantes. A linha entre sanidade mental e loucura é muito
tênue, não podemos saber quem será o próximo a romper com a realidade,
portanto, o sofrimento mental não é um problema de quem sofre, mas sim um
problema de todos nós, essa luta é pela vida, entre para essa luta você também.
OLHARES DIVERSOS:
Por olhares sobre a Luta Antimaicomial.
“Vale
ressaltar que esta luta não é uma luta que se trata apenas de quebrar a visão
de instituição ou mesmo prisão com grades para pessoas com algum transtorno
mental, mas também uma luta contra o preconceito, contra as taxações e achismos
da sociedade, que não trancaviavam só os "loucos" por ter um
transtorno, mas principalmente os "loucos" que deixavam de andar na
linha que era imposta sociedade e passava a seguir seu próprio caminho e
vontade, pessoas que eram apenas elas mesmas verdadeiramente e por este simples
fato, por desobedecer as regras do jogo, eram trancafiadas, também rotuladas de
loucos por mostrarem quem são. Então a luta vai muito além dos manicômios, de
prisões com grades, hoje essa luta é principalmente fora dessa visão, é uma
prisão sem grades, que amedronta, é para com uma sociedade que em pleno século
21 continua altamente preconceituosa.” (Carolina Corrêa de Araújo, 9º período,
psicologia, UniFavip).
"A Luta Antimanicomial é um movimento da sociedade brasileira que
parte do reconhecimento que “trancar para tratar” é ineficaz, o manicômio
retira a identidade, seqüestra a subjetividade do individuo.É explicito que o
seu objetivo principal é favorecer a obtenção de lucros para classe burguesa.
Deixando de lado o verdadeiro compromisso com a saúde mental. Abraçar essa
causa é sinônimo de cidadania, liberdade, saúde. Portanto é dever de todo
profissional e futuro profissional de saúde aderir a essa causa, e dar
continuidade a essa batalha. Não ao manicômio." (Aires Negreiro Filho, 1º período, psicologia, UniFavip).
E você, qual é o seu olhar sobre a Luta Antimanicomial?
Acredito que atualmente a luta voltou-se principalmente para a questão do preconceito que esses sujeitos sofrem fora do espaço fechado. Temos que pensar que a sociedade precisa de uma limpeza sim, mas é no preconceito e não na exclusão de sujeitos que fogem do padrão imposto pela sociedade.
ResponderExcluirConcordo com Laisse, a sociedade necessita ser trabalhada para desconstruir essa visão imposta ao longo dos anos e olhar para uma pessoa em sofrimento mental sem preconceito e sim incluindo socialmente com todos os seus direitos como cidadão. "Manicômios não, caps sim"
ResponderExcluirO grande problema infelizmente ainda é o olhar que a cultura exerce sobre essas pessoas, o medo parece ter sido algo que ficou para traz, mas de uma certa forma ele ainda é permanente. Nosso olhar como futuros profissionais é diferenciado, mas estou farta de perceber maes incitando seus filhos a ter medo de moradores de rua que estao em sofrimento mental e fazendo comentarios horriveis, que retiram o lugar de humano dessas pessoas. Creio que em cidades pequenas onde as informações onde os serviços que substituem o manicomio nao sao tao claras essa cultura de preconceito ainda é forte e será um papel de cada um de nos espalhar aquilo que conhecemos pelos lugares por onde passamos, para conscientizar nossos familiares e amigos da importancia que hoje se da a um olhar diferenciado para a saude mental
ResponderExcluirConcordo Tamires, a sociedade necessita ter um novo olhar para a pessoa em sofrimento mental. E nós como futuros psicólogos temos que estar implicados para essa luta continuar.
ResponderExcluirPois é Rayana, e quem der as costas para isso, não sabe porque está nessa área... Infelizmente ainda existem profissionais sem nenhuma implicação, sem posicionamento.
ExcluirA luta antimanicomial tem dado seus paços, porém ainda temos muito a trabalhar e divulgar sobre esse projeto que a sociedade não se inteirou completamente. Somos lutadores dessa causa e devemos fazer com que boas notícias sejam dadas, que os conceitos antigos que ainda se encontram no discurso da sociedade sejam modificados pelo desaparecimento de preconceitos que dificultam a vida em grupo.
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