domingo, 25 de maio de 2014

O que há por trás do desejo?

       Trilhar o caminho do homem é uma coisa tão absurda que nem mesmo o próprio consegue fazer tal ação sozinho, a corrida de “para onde vou? ” Talvez nem sequer tenha tido uma largada, sem antes ele ter conseguido responder “quem sou eu? ”. A distância do homem para a verdade em que tanto busca, talvez seja a mesma ao fim do cosmo (diferente da verdade buscada pelos navegadores antigos ao fim do mar). É em uma concepção de desejo que idealizo ser um impulso preponderante em quase todas as ações do homem, especificamente ao do notório presente, (que se têm mais que tudo em prol da sacies de sua fome, o prazer) entre suas ações mais frequentes. Porém, enquanto o mesmo ansia freneticamente por esse prazer pós-desejo, de forma despercebida o prazer leva-o a um falso gozo de satisfação precoce, seja pelo intenso prazer passageiro que o faz se sentir realizado a curtíssimo prazo ou pela demasiada ansiedade, que o fez criar uma fantasia de prazer longínquo onde certamente a realidade a desconstruiu, assim como uma onda destrói um castelo de areia...Falar de fantasia e realidade também diz respeito a falar de nós, assim como também do desejo, pois, todos nós temos subjetividade própria, mas, entre todas as subjetividades há sempre a semelhança de sentimentos, amor, ódio, alegria, tristeza, desejo. Mas, certamente de grau e intensidade diferente... A fantasia talvez seja um furo na realidade. Um espaço de fuga à uma idealística fantasia onde tudo acontece. É impertinente não falar da fantasia, pois na mesma possivelmente exista um elo em relação ao desejo (Desejo/Fantasia/Prazer). Um seguimento de ordem onde, se tenho desejo certamente fantasio no meu imaginário o prazer de tal objeto desejante, onde elucido um prazer que anseio ter na realidade, impulsionando assim tal realização no mundo real. É importante destacar que tal Fantasia serve também como um experimento teste de Fantasia/Prazer, pois, se na minha Fantasia imaginária o prazer não me satisfazer de maior intensidade, ou seja, se me satisfazer mas ocasionar conflitos alheios que não seja válido de aspiração, digo, se o meu desejo na fantasia acarretar um bom prazer, mas seguido dele ocasione um desprazer, será na fantasia que saberei se tal dedicação ao desejo do prazer será válido ou não. Outro ponto de importância em relação a Fantasia, é que ela não serve com sacies do desejo, pois o desejo ainda não foi realizado, apenas fantasiado.           

Não me atrevo a discutir os desejos, como o desejo de vingança por exemplo, pois, até ele possivelmente levaria ao final desejo de prazer que importa para o ser humano (E também para não estender mais a discursão sobre denominado tema). Tento tratar do desejo em contexto geral na estrutura de questionamentos (em estilo audacioso ou ousado) sem muitas influências, apenas da música em que ouço agora... Porém falando em questionamentos, me questiono agora. Seria todos os desejos vindo da subjetividade do homem ou boa parte deles por influência do meio? Ou, impossibilitado de desejos o homem estaria por influência do meio? Talvez chegamos ao ponto certo, no que se diz respeito ao Desejo e no seu desenvolver. Antes de mais nada acredito ser o desejo subjetivo, que levará o homem ao prazer cobiçado e a mais um passo andado para o verdadeiro desejo inconsciente que habita nele. Ou seja, a própria razão de desejo a determinado objeto é uma ação inconsciente de um sub desejo que atua em uma camada inferior (como que escondido, se assim ficar claro) ao seu desejo consciente. Pois será a partir desse verdadeiro desejo que o homem estará próximo a um êxtase de prazeres.

      No que se diz respeito ao desejo por influência, esse sim pode ser desejado e fantasiado, porém na Fantasia o depósito de prazer atribuído vai ser dividido, e pouca relação com a Fantasia esse desejo terá, ou seja, pouco será o tempo em que o Desejo estará na Fantasia. Portanto se pouco prazer foi depositado enquanto o desejo estava sendo concretizado na Fantasia e lá por pouco tempo durou, isso remete que o prazer esperado na realidade seja de pouco efeito. Isso é um pouco contraditório pois se o meio deseja paz no mundo, por exemplo, certamente eu desejarei também, pois quem haveria de não desejar paz em um mundo caótico? Porém, o desejo generalizado não assumirá prioridade ao meu desejo inconsciente que busco, mostrando assim que desejos vindos do meio não são de importância para tomar a frente ao meu desejo de prazer inconsciente. Continuo desejando a paz mundial, porém tal desejo não ajudará o meu ao rumo da realização, se o mesmo não for realizado. Explicando de forma mais clara, o que o homem busca com seus desejos conscientes subjetivos ou não é a realização de um desejo inconsciente. Cada desejo objetal Desejado, Fantasiado e Prazeroso é como se fosse um passo andado para a realização do desejo inconsciente dele, ou seja, cada prazer obtido em cada desejo é um degrau subido para a realização do seu desejo inconsciente que para sua decepção não terá como ser realizado. Tal desejo inconsciente é desconhecido do homem em sua consciência.     Portanto, o peculiar de toda essa análise é que tais desejos se dão de forma consciente e inconsciente (afirmando que somos sim seres desejante) e que todo esse desejo consciente de prazer através de objetos está estritamente ligado ao maior desejo de prazer inconsciente do homem, o gozo em todas as coisas. 



Por: Jadson Wagner

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