A dimensão da loucura e do louco antes da reforma,
era de um ser que deveria viver isolado, com tortura, com estratégias
desumanas, vivendo “jogado” em um hospício ou manicômio, sem um tratamento
digno para o seu sofrimento psíquico ou mental, que antes era dito com doença
mental, enquadrando o sujeito em um sistema de prisão, carcerário, um mundo
fechado para a vida em sociedade, vivendo como um “animal” (se é que pode se comparar a este), viver não seria a palavra mais correta, pois eles não viviam,
sobreviviam; um sujeito dito como perigoso, tendo a ausência da razão, vivendo
no mundo imaginário, um indivíduo que recebia choques elétricos, era enrolado
em uma camisa de força, sendo torturado, vivendo em meio a um desrespeito
muito grande, onde o cuidar não existia, o que existia era a medicalização
constante para o dito “louco”, um sujeito que nesta época não tinha a
cidadania presente. Muitas vezes a nossa subjetividade e o nosso
processo de subjetivação têm como predicativo a norma, a lei, o enquadramento,
que permite fazer com que a gente pense muitas vezes a nossa subjetividade a
partir da exclusão e não da inclusão; costumamos nomeá-los “de”, e quando a gente
nomeia a gente enquadra, a gente enquadra muitas vezes pra excluir, pra tornar
uma experiência de fora e não uma experiência de dentro. Por isso devemos falar
menos do conceito e mais da aproximação com essas subjetividades. Tal contexto nos faz pensar que nem todas as pessoas
em sofrimento mental têm acesso a benefícios sociais, e a uma vida digna, e a
sugerir políticas culturais para esses grupos em sofrimento mental que fazem parte dos esquecidos do mundo.
Por: Raí Ramos e Rayana Borba
Temos a opção de fazer com que finalmente essa história de vergonha do tratamento psiquiátrico que estava sendo ministrado aos que estavam em sofrimento mental, que não deveria ser oferecido, possa ser finalmente transformado, alcançando tantos quanto forem possíveis na conscientização de que identidade, inclusão e a dignidade não se perde, se redefine nessa nova percepção sobre a existência.
ResponderExcluirPerfeita colocação meninos, como vocês mesmo falaram; todos tem direito a uma vida digna, por isso a inclusão social é de suma importância.
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