quinta-feira, 15 de maio de 2014

O que a psicologia tem a ver com isso?


“Há no Brasil um mito poderoso, o da não violência brasileira, isto é, a imagem de um povo generoso, alegre, sensual, solidário que desconhece o racismo, o sexismo, o machismo, que respeita as diferenças étnicas, religiosas e politicas, não discrimina as pessoas por suas escolhas sexuais etc.” (Marilena Chaui, p.35,1998).



Muitos indagaram como o mito da não violência brasileira pode persistir sob o impacto da violência real, cotidiana, conhecida de todos nós, e que é também ampliada por sua divulgação pelos meios de comunicação de massa. O que falar de um país que desde o início de sua história convive com a discriminação e o preconceito com as diferenças? Não seria diferente, no decorrer dos anos, que as pessoas em relação com outras de mesmo grupo social ou de outro tivessem pensamentos, reflexões sobre esses assuntos. Isso nos traz algumas reflexões como: o que a influência social pode causar em uma sociedade? Será que pensamos por nós mesmos ou pelo grupo que nos integra? São idéias a serem postas nessa sociedade que tem diversas etnias, raça, cultura e pensamento. Onde fica o respeito ou mesmo a consciência de cada um? E qual o lugar da alteridade e da diversidade em nossa sociedade?


Um exemplo disso, foi o recente caso, do lateral brasileiro Daniel Alves, do Barcelona,que foi “agredido” por jovem que jogou uma banana em sua direção no campo do Villarreal. E isso repercutiu em todo o mundo e se tornou uma das notícias mais comentadas nas redes sociais. Mas, sabe-se que, assim como o jogador, pessoas que não estão sob os holofotes da mídia, sofrem todos os dias, com atos de racismo. Ao comer a banana, Daniel Alves contribuiu para trazer a tona um problema social e estrutural que buscamos combater todos os dias: o preconceito racial.


Uma vez que o termo raça é uma construção sócio-histórico-politica, pode-se dizer que esses atos preconceituosos, discriminatórios e racistas, muitas vezes provem de valores que nos são incrustados, fazendo com que, muitas vezes, vejamos e façamos que os próprios negros vejam seus corpos como a marca definitiva de identificações carregadas de investimentos negativos.


Vale ressaltar que a própria psicologia é, em si, algo muito diverso. E não, não somos todos macacos, somos seres humanos; e não, não queremos bananas, queremos respeito.
Assista ao vídeo do episódio ocorrido com Daniel Alves

Por: Raí Ramos e Rayana Borba

A imagem aqui inserida foi retirada do site Diário Liberdade.

5 comentários:

  1. A discriminação racial e algo muito presente em nossos dias e mim remete ha este fato que repercurtio na midia e aos anonimatos que se ver todos os dias,podemos dizem que os brancos são melhores que os negros ou melhor quem é melhor que ninguém,não é questão de cor e sim de honestidade,de humildade,de ética,de carater,de ser humano e de ter todos os direitos iguais independente de cor,classe social,estudo,etc.

    ResponderExcluir
  2. A formas de interação entre os grupos sociais nos dizem em que situação nos encontramos, se existe distinção entre brancos e negros, distinção por moradia, seja lá em qual região for ou ainda sim negam-se os preconceitos religiosos, sexuais e políticos não temos condições de manter uma relação de respeito, com aceitação de diferentes identidades e suas subjetividades, pois nos falta absorção da realidade que traz diferentes formas de interpretação do que se manifesta por necessidade do homem.

    ResponderExcluir
  3. Chega a ser nojento imaginar que após tantas evoluções dos seres, existem pessoas tão pequenas que se apegam a raça, religião dentre outras coisas e usam isso para discriminar o outro, discriminação é crime e cada um tem o dever de lutar contra isso!!!

    Ótimo texto meninos.

    ResponderExcluir
  4. Em muitas situações no nosso dia a dia somos marcados pela nossa pertença grupal e mesmo que algo como a cor de nossa pele não seja um fundamento para julgar a nossa personalidade ou modo de vida, ainda vivemos numa sociedade que carrega consigo as marcas de uma colonização cheia de preconceitos e exclusão; nós como futuros profissionais de psicologia temos é que espalhar a semente do respeito e do comportamento pró-social entre as pessoas, porque mais vale uma ato de ajuda mesmo que a intenção seja aliviar o incomodo de ver o outro sofrer do que se isolar em sua classe e discriminar o próximo.

    ResponderExcluir
  5. O preconceito não é algo que se restringe somente a este fato, hoje é o que há em maior evidencia, mas não se limita a isso. Há o preconceito contra o gênero, a classe social, dentre muitos outros, atendendo a modelos sociais previamente estabelecidos, cultivados através de ações muitas vezes desumanas. A violência é uma dessas formas, que tem tomado cada vez mais espaço e notoriedade através da ação midiática, funcionando como uma faca de dois gumes; às vezes proporciona melhoria e informação, às vezes toma seu efeito contrário.

    ResponderExcluir