quinta-feira, 29 de maio de 2014

Escolha Profissional

            Uma decisão essencial da transição da adolescência para a vida adulta é a escolha da profissão. Escolha esta que deve ser feita com extremo cuidado.
Mas por que tanta importância para essa escolha? A resposta certa com certeza não é tão simples ao ponto de ser justificada pelo fato de que é aquilo que se vai seguir pelo resto da vida. As pessoas têm necessidade de serem reconhecidas, aceitas e elogiadas e, principalmente, sentirem-se independentes. Um meio para conseguir toda essa atenção seria tendo uma vida profissional de sucesso, ser “alguém”.
A partir disso já se tem a percepção que a vocação profissional faz parte da formação da identidade. Segundo a psicóloga Denise Combinato “Um projeto profissional começa na escolha de uma profissão, e o pessoal no cidadão que queremos ser”. O que nos leva ao ponto de perceber que o adolescente deveria se questionar sobre o que ele vai fazer da vida e não como ele pode ganhar a vida.
            Mas é um fato que essa decisão não é tão individual como parece ser, os jovens são influenciados pela família, escola, situação socioeconômica, etc., procuram algo que foram programados a gostar/ser. É compreensível essa postura, até porque a adolescência é um momento muito difícil e a escolha profissional está sendo imposta diante desses jovens cada vez mais cedo, o que implica em escolhas que não satisfaz essa pessoa, que faz um curso por “obrigação” e não pelo prazer do conhecimento, da auto realização. Muitos insistem em continuar numa situação de infelicidade, que poderia facilmente ser resolvida, até porque a troca de profissão é bem normal. Não existe decreto ou lei que o empeça, não vale a pena ser infeliz, achar que a vida acabou por uma escolha errada feita num momento delicado.
Pior quando a influência é a fama e o dinheiro. Conheço um caso de um aluno de medicina que afirma que esse ramo é muito idolatrado, não é necessário ter paixão pela profissão para efetua-la com eficácia. Não consigo ver como isso daria certo, tudo que me vem à mente é um médico-robô. Onde fica a auto realização? E a preocupação com as emoções do paciente? Talvez seja uma opinião preconceituosa, não sei, mas acho que gostar da profissão a seguir é MUITO importante.
                        Pessoalmente, tive uma adolescência muito tranquila, sem muitas angustias e sofrimento, e a escolha da profissão também não foi diferente, na verdade, penso até que foi um insight. Eu não tinha a menor ideia do que fazer da minha vida, mudei de opinião umas duas vezes. Um dia, verificando a caixa de entrada do meu e-mail, vi que uma professora havia me enviado o link de um teste vocacional, resolvi fazer e me surpreendi com os resultados, um deles foi psicologia. Pesquisei sobre e acabei simpatizando. Lembrei que outro professor nos tinha (os alunos) dito que se quiséssemos fazer um curso e não tivéssemos certeza se era aquilo que gostaríamos de fazer no futuro, deveríamos cursar, pois éramos jovens e ainda tínhamos tempo para mudar de opinião, podíamos tentar de novo e de novo até achar a profissão certa. Pensando nisso prestei vestibular na área e passei. De fato no primeiro período me senti perdida, mas persisti, agora, no terceiro período vejo que me encontrei, não podia estar fazendo algo melhor.

            E para finalizar esse pequeno post, uma citação para reflexão: “... É importante saber que não existe uma possibilidade de escolha ou uma certa, mas a melhor naquele momento e condições.” concordam Denise Combinato e Emerson Moraes Vieira, gerente de Educação do SEBRAE – SP.



Por: Elienay Freitas

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