sexta-feira, 23 de maio de 2014

Única certeza após a vida: A Morte


Mesmo diante das inúmeras transformações e evoluções dos seres, algo permanece totalmente igual: nascemos e morremos, porém, a certeza do nascer não existe já a certeza após a vida é a morte.
Diante dos diversos olhares que cada individuo tem para a morte, podemos representá-la de forma objetiva e clara com uma palavra– “Quebra”, afinal, os laços palpáveis e visíveis são rompidos com sua chegada. Na separação comadultos, para aqueles que ficam, permanecem as várias lembranças e por certo tempo à dor e o sentimento de solidão, de vazio que parece não ter fim; quando essa quebra acontece com crianças, esse turbilhão de sentimentos e sofrimentosparece que de alguma forma são maquiados e aparentam ser mais brandos, afinal, não existiu um convívio tão intenso, não houve tempo.
A respeito do assunto, alguns autores se pronunciam:
“Morrer não é tornar-se outro, mas vir a ser nada, ou o que quer dizer o mesmo, transformar-se em absolutamente outro, porque, se o relativamente outro é o contraditório  do mesmo, se comporta em relação a este o não-ser em relação ao ser”   (Jankélévitch,1954)
“Para um ser pensante, não é a morte, categorial geral e indefinida, que coloca um problema, mas o fato de que ele, sujeito pensante, morre – o fato de que “eu ’’ morro” (Rodrigues 2006)
A consciência da morte permite ao homem perceber, enxergar e até mesmo vivenciar de maneira diferente a vida e o que realmente é importante nela, proporcionando talvez, um olhar mais cuidadoso nas coisas aparentemente simples e sem importância, que na grande maioria das vezes a correria diária não nos permite enxergar;o fato é que achamos que estamos vivendo, mas na verdade nos deixamos viver. A existência é incerta, podendo findar-se a qualquer momento, por isso muitas vezes surge o medo não só da morte, mas o medo de partir sem ter realizado ou vivenciado tudo aquilo que um dia foi sonhado e planejado, é a dor da incerteza se teremos tempo o suficiente para todo o roteiro idealizado; por isso, na grande maioria das vezes, quando se descobre uma doença que não tem cura e que vai vagarosamente degenerando o ser, trás junto uma dor que vai além da certeza da morte, é a cruel impotência de continuar a seguir e se vê morrendo lentamente com tanta vida aos olhos para se viver.
Fica aqui uma pergunta: quem está preparado para partir?  


Por: Gabriela Florêncio, Roberta Rodrigues, Pâmela Piccinini

3 comentários:

  1. Gostei muito meninas mt bem colocado e digo mais se eu voltasse a pergunta a vcs, com certeza vcs mim responderiam hj nao estou pronta mas daqui a um certo tempo mas quando chegar este tempo daqui a outro e assim se prossegue,afinal não queremos morrer com tantos sonhos a ser realizados,tantas coisas a fazer,a conhecer,a viver de uma forma geral.Então nao estou kkk.

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  2. Também não estou Roberyka, afinal, ainda temos tanto a realizar...

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  3. A maioria responderia que "não estão prontos". Afinal, a morte é o maior inimigo de todos os tempos, como até coloquei em meu texto.. lutamos contra, tentamos vencê-la a todo custo mesmo sabendo que essa talvez seja a única certeza de nossa existência. Então vivamos da melhor forma. Pois como diria Benjamin ''A vida é muito curta para ser pequena''.

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