Mesmo diante das
inúmeras transformações e evoluções dos seres, algo permanece totalmente igual:
nascemos e morremos, porém, a certeza do nascer não existe já a certeza após a
vida é a morte.
Diante dos diversos
olhares que cada individuo tem para a morte, podemos representá-la de forma
objetiva e clara com uma palavra– “Quebra”, afinal, os laços palpáveis e visíveis
são rompidos com sua chegada. Na separação comadultos, para aqueles que ficam, permanecem
as várias lembranças e por certo tempo à dor e o sentimento de solidão, de
vazio que parece não ter fim; quando essa quebra acontece com crianças, esse
turbilhão de sentimentos e sofrimentosparece que de alguma forma são maquiados
e aparentam ser mais brandos, afinal, não existiu um convívio tão intenso, não
houve tempo.
A respeito do assunto, alguns autores se pronunciam:
“Morrer não é tornar-se outro, mas vir a ser nada, ou o
que quer dizer o mesmo, transformar-se em absolutamente outro, porque, se o
relativamente outro é o contraditório do
mesmo, se comporta em relação a este o não-ser em relação ao ser” (Jankélévitch,1954)
“Para um ser pensante, não é a morte, categorial geral e
indefinida, que coloca um problema, mas o fato de que ele, sujeito pensante,
morre – o fato de que “eu ’’ morro” (Rodrigues 2006)
A consciência da morte permite ao homem perceber,
enxergar e até mesmo vivenciar de maneira diferente a vida e o que realmente é
importante nela, proporcionando talvez, um olhar mais cuidadoso nas coisas
aparentemente simples e sem importância, que na grande maioria das vezes a
correria diária não nos permite enxergar;o fato é que achamos que estamos
vivendo, mas na verdade nos deixamos viver. A existência é incerta, podendo
findar-se a qualquer momento, por isso muitas vezes surge o medo não só da
morte, mas o medo de partir sem ter realizado ou vivenciado tudo aquilo que um
dia foi sonhado e planejado, é a dor da incerteza se teremos tempo o suficiente
para todo o roteiro idealizado; por isso, na grande maioria das vezes, quando
se descobre uma doença que não tem cura e que vai vagarosamente degenerando o
ser, trás junto uma dor que vai além da certeza da morte, é a cruel impotência
de continuar a seguir e se vê morrendo lentamente com tanta vida aos olhos para
se viver.
Fica aqui uma pergunta: quem está preparado para
partir?
Por: Gabriela Florêncio, Roberta
Rodrigues, Pâmela Piccinini
Gostei muito meninas mt bem colocado e digo mais se eu voltasse a pergunta a vcs, com certeza vcs mim responderiam hj nao estou pronta mas daqui a um certo tempo mas quando chegar este tempo daqui a outro e assim se prossegue,afinal não queremos morrer com tantos sonhos a ser realizados,tantas coisas a fazer,a conhecer,a viver de uma forma geral.Então nao estou kkk.
ResponderExcluirTambém não estou Roberyka, afinal, ainda temos tanto a realizar...
ResponderExcluirA maioria responderia que "não estão prontos". Afinal, a morte é o maior inimigo de todos os tempos, como até coloquei em meu texto.. lutamos contra, tentamos vencê-la a todo custo mesmo sabendo que essa talvez seja a única certeza de nossa existência. Então vivamos da melhor forma. Pois como diria Benjamin ''A vida é muito curta para ser pequena''.
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